Superalimentos: frutos vermelhos e gengibre
Superalimentos: frutos vermelhos e gengibre

Superalimentos: o que são e como incluí-los na alimentação

0 comentários
< Voltar ao blog

Superalimentos: o que são e como incluí-los na alimentação

Nos últimos anos, o termo "superalimento" tem conquistado cada vez mais espaço no mundo da nutrição e da saúde. Mas o que realmente define um superalimento? Quais são os seus benefícios e como podemos integrá-los na nossa alimentação diária? Vamos explorar os impactos deste conceito na alimentação, analisar a evidência científica por trás dos superalimentos, e partilhar contigo algumas dicas práticas para que possas incluí-los na alimentação do dia a dia.

O que são superalimentos?

O termo “superalimento” é usado para descrever alimentos com uma densidade nutricional excecionalmente alta. Não se trata de um grupo de alimentos cientificamente definido, mas sim de um termo que serve como guia para nos referirmos a alimentos especialmente ricos em vitaminas, minerais, antioxidantes e outros compostos bioativos que promovem a saúde e o bem-estar1.
 
É importante referir que a chave para uma alimentação saudável está na diversidade, e nenhum alimento, por si só, é a chave para garantir saúde e prevenir doenças. Contudo, vale a pena termos em mente alimentos específicos que podem oferecer benefícios além da nutrição básica, e que fazem realmente por merecer o rótulo de superalimento.

Quais são os principais superalimentos?

O grupo de superalimentos pode variar consoante os benefícios mais valorizados, e a lista continua a crescer à medida que novas propriedades de alguns alimentos são descobertas. Há, ainda assim, alguns superalimentos consensuais e muito populares.

Frutos vermelhos: mirtilos, framboesas, amoras e morangos são excelentes fontes de antioxidantes, especialmente antocianinas, que ajudam a combater os radicais livres no organismo. Estudos sugerem que o consumo regular de frutos vermelhos pode melhorar a memória e a função cognitiva, sendo, por isso, particularmente recomendado para pessoas mais velhas2.
 
Alho: as propriedades medicinais do alho são conhecidas há séculos, mas os estudos continuam a revelar benefícios cada vez mais amplos, com destaque para os efeitos positivos na saúde cardiovascular, incluindo a redução da pressão arterial e a melhoria dos perfis de colesterol2. Além disso, e tal como os frutos vermelhos, o alho possui propriedades antioxidantes que protegem as células contra danos oxidativos.
 
Brássicas: Os brócolos, a couve-flor e a couve-de-bruxelas, entre outras variedades de couve, são ricos em nutrientes e compostos bioativos, como os glucosinolatos, conhecidos pelas suas propriedades anticancerígenas. O consumo regular destes vegetais está associado à redução do risco de vários tipos de cancro e de outras doenças crónicas3.
 
Curcuma: também conhecida como açafrão-da-terra, esta especiaria contém curcumina, um composto com fortes propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. A curcumina tem sido estudada pelos seus potenciais benefícios na prevenção e tratamento de doenças crónicas, como as doenças cardíacas e neurodegenerativas4.
 
Gengibre: utilizado há milhares de anos pelas suas propriedades medicinais, o gengibre é hoje especialmente valorizado pelas capacidades anti-inflamatórias e pelos efeitos benéficos na digestão5. Pode ajudar a aliviar náuseas e a reduzir dores musculares e articulares.
 
Alimentos e bebidas fermentadas: iogurtes, kefir, kombucha e outros alimentos fermentados são ricos em probióticos, microrganismos que promovem uma microbiota intestinal saudável6. Por sua vez, uma microbiota equilibrada está associada a uma melhor digestão, à absorção eficiente de nutrientes e ao fortalecimento do sistema imunitário, tornando o organismo mais resistente.
 
Frutos oleaginosos e sementes: frutos secos, como as nozes ou amêndoas, e sementes, como as de chia e linhaça, são fontes de gorduras saudáveis, proteínas e fibras. As suas propriedades cardioprotetoras ajudam a regular o colesterol e a melhorar a saúde cardiovascular7. As castanhas-do-Brasil, em particular, são a fonte alimentar mais rica em selénio, um mineral essencial com propriedades antioxidantes que protege as células contra danos oxidativos.
 
Spirulina: uma alga azul-esverdeada de elevado teor proteico, rica em vitaminas, minerais, antioxidantes e outros nutrientes essenciais. Estudos indicam que a suplementação com spirulina pode melhorar os perfis lipídicos, reduzindo o colesterol LDL (o chamado “colesterol mau”) e os triglicerídeos, ao mesmo tempo que aumenta o colesterol HDL (o “colesterol bom”)2. A spirulina ajuda também na desintoxicação do organismo e oferece apoio ao sistema imunitário.

Azeite: um elemento central na dieta mediterrânica, o azeite virgem extra é rico em ácidos gordos monoinsaturados e antioxidantes, como os polifenóis8. Além das suas conhecidas propriedades anti-inflamatórias, o consumo regular de azeite está associado à redução do risco de doenças cardiovasculares, melhorando a saúde arterial e equilibrando os níveis de colesterol.

Como incluir superalimentos no dia a dia

Pequeno-almoço: Acrescenta frutos vermelhos como topping de um iogurte ou nas papas de aveia. Podes também juntar sementes de chia ou linhaça a um batido de fruta, aumentando o teor de fibras e antioxidantes do pequeno-almoço.

Almoço e jantar: A acompanhar uma fonte de proteína, prepara brócolos ou couve-flor cozidos a vapor, que podes temperar com azeite virgem extra. Explora a cozinha indiana, que utiliza muito gengibre e curcuma em pratos como os caris, tirando partido das suas potentes propriedades anti-inflamatórias.

Snacks: Entre as refeições, opta por um punhado de frutos secos, como nozes ou castanhas-do-Brasil, para uma dose saudável de gorduras monoinsaturadas, proteínas e selénio.

Bebidas: A kombucha, uma bebida fermentada cada vez mais popular, é fácil de preparar em casa e é uma excelente forma de manter a hidratação, ao mesmo tempo que promove a saúde intestinal graças aos seus probióticos.

Suplementação: A spirulina pode ser adicionada a batidos ou sumos. Devido ao seu sabor intenso, é recomendado começar com pequenas quantidades. À medida que te habituares ao sabor, podes aumentar gradualmente a dose de spirulina.

Conclusão

Integrar superalimentos na alimentação diária pode trazer diversos benefícios à saúde, desde a melhoria da função cognitiva até à promoção da saúde cardiovascular. No entanto, é sempre importante lembrar que, apesar das suas potencialidades, nenhum alimento isolado pode fazer milagres. Para alcançar o máximo bem-estar, é essencial adotar uma alimentação equilibrada e variada, aliada a um estilo de vida saudável.

Os superalimentos podem ser a chave para potenciar a saúde, mas, como em tudo, o segredo está na combinação e no equilíbrio.

Marca a tua Consulta de Nutrição na Bioself e promove o teu bem-estar!

Gostaste deste artigo? Lê outros conteúdos que preparamos para ti no blog da Bioself! Lá, encontras informação sobre saúde e bem-estar; e ainda algumas receitas para experimentares em casa. Desfruta!

Referências:

1. https://www.healthline.com/nutrition/true-superfoods
2. https://examine.com/articles/4-science-based-superfoods-you-should-be-eating/
3. Šamec, D., Urlić, B., & Salopek-Sondi, B. (2018). Kale (Brassica oleracea var. acephala) as a superfood: Review of the scientific evidence behind the statement. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 59(15), 2411–2422. https://doi.org/10.1080/10408398.2018.1454400
4. https://www.hopkinsmedicine.org/health/wellness-and-prevention/turmeric-benefits
5. https://www.hopkinsmedicine.org/health/wellness-and-prevention/ginger-benefits
6. https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/fermented-foods-can-add-depth-to-your-diet
7. Alasalvar C, Chang SK, Kris-Etherton PM, Sullivan VK, Petersen KS, Guasch-Ferré M, Jenkins DJA. Dried Fruits: Bioactives, Effects on Gut Microbiota, and Possible Health Benefits-An Update. Nutrients. 2023 Mar 26;15(7):1611. doi: 10.3390/nu15071611. PMID: 37049451; PMCID: PMC10097306.
8. https://www.healthline.com/nutrition/11-proven-benefits-of-olive-oil

Aviso legal:
Este artigo não tem a intenção de diagnosticar, tratar ou substituir aconselhamento médico sendo o seu conteúdo apenas para fins informativos. Consulta um médico ou profissional de saúde sobre qualquer diagnóstico médico relacionado com a tua saúde ou mesmo eventuais opções de tratamento. As afirmações feitas sobre produtos específicos neste artigo não são aprovadas para diagnosticar, tratar, curar ou prevenir doenças.

Partilhe este artigo

Deixe um comentário

Todos os comentários são moderados antes de serem publicados.