Mesmo em pequenas quantidades, o cobre é um daqueles minerais de que o corpo precisa para funcionar bem.
Neste artigo, vais perceber:
- A razão pela qual o cobre é tão importante para a tua saúde;
- Onde podes encontrar este mineral;
- Em que casos pode valer a pena pensar em suplementação.
O Que é o Cobre e Que Papel Tem no Organismo?
O cobre é um mineral essencial, ou seja, o corpo não o produz e depende totalmente da alimentação para obtê-lo. Apesar de ser necessário em quantidades muito pequenas, o cobre está envolvido em vários processos biológicos fundamentais1.
Entre as principais funções deste mineral estão2:
- Produção de energia: o cobre faz parte de enzimas que ajudam as células a transformar nutrientes em energia;
- Formação de colagénio e tecido conjuntivo: contribui para a força e elasticidade da pele, ossos e vasos sanguíneos;
- Absorção e utilização do ferro: é indispensável para o transporte adequado de oxigénio no sangue, prevenindo anemias;
- Funcionamento do sistema nervoso: participa na formação da mielina, a camada protetora dos neurónios, essencial para uma boa comunicação entre as células nervosas;
- Suporte ao sistema imunitário: ajuda o corpo a defender-se de infeções e inflamações;
- Ação antioxidante: combate o stress oxidativo, protegendo as células contra danos causados pelos radicais livres.
O cobre também interage com outros minerais, como o zinco e o ferro. O equilíbrio entre eles é importante2. Por exemplo, uma ingestão excessiva de zinco pode reduzir a absorção de cobre e levar a um défice.
Em resumo, o cobre é um pequeno, mas poderoso aliado do corpo humano. Sem ele, várias funções metabólicas essenciais simplesmente não acontecem como deveriam.
Cobre: Para Que Serve? Os Benefícios Para a Saúde
O cobre pode ser um micronutriente, mas o seu impacto é macroscópico. Atua em várias frentes e contribui para o bom funcionamento do corpo de forma integrada.
Eis os principais benefícios comprovados2:
- Saúde cardiovascular: o cobre ajuda na manutenção da elasticidade dos vasos sanguíneos e na regulação do colesterol. Um nível adequado contribui para uma circulação saudável e reduz o risco de problemas cardíacos;
- Fortalecimento dos ossos: participa na formação do colagénio e na mineralização óssea, trabalhando em conjunto com cálcio, magnésio e zinco. A deficiência em cobre pode estar associada a ossos mais frágeis e risco aumentado de osteoporose;
- Função cerebral: o cobre é essencial para a formação da mielina, que protege os neurónios e permite uma boa transmissão dos impulsos nervosos. Ajuda ainda na produção de neurotransmissores importantes para a memória e o equilíbrio emocional;
- Sistema imunitário mais forte: este mineral participa na produção e ativação de células imunitárias, fortalecendo as defesas naturais do corpo contra infeções;
- Pele e cabelos mais saudáveis: o cobre é um cofator na produção de melanina, o pigmento responsável pela cor da pele e dos cabelos. Também apoia a regeneração celular e a síntese de colagénio, o que ajuda na firmeza e elasticidade da pele;
- Poder antioxidante: o cobre faz parte da enzima “superóxido dismutase”, uma das principais linhas de defesa do corpo contra os radicais livres. Este efeito antioxidante ajuda a retardar o envelhecimento celular e a proteger contra doenças crónicas.
Em suma, o cobre contribui para que o corpo funcione de forma equilibrada e resistente. Quando os níveis estão adequados, sente-se na energia, na imunidade e até no aspeto físico.
Fontes Naturais de Cobre
O cobre está presente em muitos alimentos, o que torna relativamente simples obter a quantidade necessária deste mineral através de uma dieta equilibrada.
Na maioria dos casos, não é preciso recorrer a suplementos. Basta que incluas algumas fontes naturais na tua rotina alimentar. As principais são2:
- Fígado e vísceras: fígado de vaca ou de frango, em particular, são dos alimentos mais ricos neste mineral;
- Marisco: ostras, mexilhões, camarões e caranguejo são boas opções;
- Frutos secos e sementes: amêndoas, cajus, nozes, sementes de girassol e de sésamo fornecem cobre e gorduras saudáveis;
- Leguminosas: grão-de-bico, lentilhas e feijão contribuem para uma boa ingestão diária;
- Cereais integrais: aveia, quinoa e trigo-sarraceno contêm quantidades pequenas, mas consistentes, de cobre;
- Chocolate negro: além de antioxidantes, é uma fonte interessante de cobre, desde que o consumas com moderação.
De forma geral, uma alimentação variada é suficiente para cobrir as necessidades diárias, que rondam 1,3 mg por dia para um adulto saudável3.
Também é importante considerar a biodisponibilidade, ou seja, a quantidade que o teu corpo consegue absorver. Lembra-te de que a absorção pode ser reduzida quando há consumo excessivo de zinco ou ferro. Por isso, o equilíbrio entre minerais é essencial.
Suplementação de Cobre: Quando Faz Sentido?
Há situações em que o organismo pode ter dificuldade em absorver ou manter níveis adequados de cobre. Nesses casos, a suplementação pode ser considerada.
As principais situações em que pode fazer sentido incluir cobre de forma suplementar são:
- Deficiência diagnosticada: embora rara, pode ocorrer devido a má absorção intestinal, dietas muito restritivas ou uso prolongado de suplementos de zinco, que reduzem a absorção de cobre. Os sintomas incluem fadiga, fraqueza, anemia, queda de cabelo, pele pálida e défices neurológicos ligeiros;
- Gravidez e amamentação: as necessidades de cobre aumentam nestas fases, já que o mineral é essencial para o crescimento e desenvolvimento do bebé;
- Doenças intestinais crónicas: condições como doença celíaca, doença de Crohn ou colite ulcerosa podem comprometer a absorção de micronutrientes, incluindo o cobre;
- Dietas vegetarianas ou vegan: embora existam boas fontes vegetais de cobre, dietas mal planeadas podem levar a défice a longo prazo.
Quando existe necessidade comprovada, a suplementação deve ser feita com acompanhamento médico. O cobre está disponível em várias formas, como gluconato, sulfato ou óxido de cobre, e a dose deve ser ajustada de acordo com análises e necessidades individuais.
Importa reforçar que o excesso é tão prejudicial como a carência de cobre. A ingestão máxima tolerável para adultos é de 5 mg por dia3, e ultrapassar esse valor pode causar toxicidade.
Riscos do Excesso de Cobre
Embora o cobre seja essencial, o seu excesso pode ser tóxico, podendo causar morte celular4. O corpo humano tem uma capacidade limitada para eliminar o cobre em demasia, o que pode levar à acumulação gradual do mineral, sobretudo no fígado e no cérebro4.
Os principais riscos e sintomas associados ao excesso de cobre incluem:
- Náuseas, vómitos e dores abdominais;
- Fadiga e dores de cabeça persistentes;
- Irritação gastrointestinal;
- Alterações de humor e dificuldades de concentração;
- Danos hepáticos em casos de exposição prolongada.
O excesso pode ocorrer por suplementação indevida, exposição a águas contaminadas (em tubagens antigas de cobre) ou doenças genéticas raras, como a doença de Wilson, que impede o corpo de eliminar o cobre corretamente4.
O equilíbrio é, portanto, o ponto central: o cobre é indispensável, mas deve ser controlado.
Sempre que houver suspeita de excesso (ou de défice), o ideal é realizar análises e seguir orientação médica antes de tomar qualquer suplemento.
Conclusão
O cobre é um micronutriente essencial com impacto direto em várias funções vitais, da produção de energia à saúde cerebral, óssea e imunitária.
A boa notícia é que, com uma alimentação variada, é fácil obter o cobre necessário.
Ainda assim, tanto a deficiência como o excesso podem trazer riscos. Por isso, a regra é simples: equilíbrio.
Evitar suplementar sem necessidade e manter um estilo de vida saudável continua a ser a melhor forma de garantir níveis adequados de cobre.
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Referências
Aviso legal
Este artigo não tem a intenção de diagnosticar, tratar ou substituir aconselhamento médico sendo o seu conteúdo apenas para fins informativos. Consulta um médico ou profissional de saúde sobre qualquer diagnóstico médico relacionado com a tua saúde ou mesmo eventuais opções de tratamento. As afirmações feitas sobre produtos específicos neste artigo não são aprovadas para diagnosticar, tratar, curar ou prevenir doenças.